Mas quanto a nós, os brasileiros? E quanto aos outros que pertencem aos mais diversos países espalhados pelo mundo inteiro? Quantos de nós alcançamos a tal sonhada Independência? Será que realmente somos seres humanos independentes?
Os tratados internacionais, os direitos humanos, a Constituição brasileira, enfim, as leis, os pactos firmados até os dias de hoje, sempre visam uma forma de independência das partes, sempre existirá o desejo pela independência. Isso é fato, o humano que busca ser um ser, encontra na independência o ápice de tal sentido.
O problema está em como nos relacionamos com essa INDEPENDENCIA.
Desde criança, somos ensinados a sermos independentes. Nossos pais nos ensinam diversos deveres, que no decorrer de nossa idade, começamos a deselvonver sozinho. Desde um pequeno ato de higiene pessoal, até as maiores ações de relacionamentos e amizades, somos treinados à independência. Afinal, haverá um dia que nossos pais possivelmente não estarão presentes para escolher por nós, fazer por nós, tomar a responsabilidade por nós.
Em nosso tempo, século XXI, encontramos o homem em crise. Uma crise que aparentemente não existe, pois esta camuflada nas riquezas, na beleza, na “aparência” em si. Mas a verdade é que tal crise é real, e na maioria das vezes, fechamos os olhos diante dela.
Vivemos uma crise oriunda de nossa sede independente. Vivemos uma crise que tem dimensões extremas, e muita das vezes, é expressamente subjetiva, abstrata, interior. Cada ‘“humano”, carece de outro para sobrevivência. Precisamos e muito dos outros que estão ao nosso lado, nascemos totalmente dependentes, nossa natureza é dependente, mas buscamos a independência.
É você! Sim, você!
Você quem escolhe depender de alguém ou não em sua vida. Existem situações em nossas vidas, que precisamos depender dos outro, isso nos faz realmente humanos, pois nascemos para relacionarmos, criarmos laços, vínculos enlaçados na cordialidade fraternal. Nascemos para amar, expressar nossa natureza.
E como podemos amar, se somos seres tão independentes? Como uma esposa independente poderá demonstrar amor ao marido, e vice-versa? Como um filho totalmente independente poderá sentir gratidão à mãe, ao pai, aos próprios irmãos? Como posso ser alguém, quando convivo com ninguém? Quando posso alcançar a independência verdadeira?
É quando consigo depender daqueles que por mim um dia também dependeram, ou poderão depender. Quando conseguir enxergar que além das minhas vontades e dos meus desejos, existem outras vontades, outros desejos, que embora não sendo meus, fazem parte de mim, pois vivo em um planeta de seres com a mesma natureza que a minha: O Amor
Se fomos criados a imagem e semelhança do Amor, (Pois Deus é Amor), então, dos nossos atos, o mais sincero e natural, é a capacidade de AMAR! (Adoração e Vida)
E nestes tempos, devemos fazer como diz a linda canção:
Quero ser como criança.. te amar pelo que és... voltar a inocência..
Que nesta data da INDEPENDENCIA DO BRASIL, possamos refletir, até que ponto a verdadeira independência nos ajuda, nos edifica?
Que sejamos independentes à servidão dos vícios, ao jugo do inimigo, às mágoas e aos desprazeres da vida. Mas por outro lado, que venhamos depender todos os dias, do Amor de Deus, do nosso próximo, daqueles que estão prontos a serem também dependentes de alguma forma de nós, pois somos ligados pelo amor.
Que Deus Abençoe Ricamente a Sua vida!
Dieison Henrique 060910