II Tm 4:7 Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.
O mundo tem visto grandes lutadores no decorrer da história. As artes marciais foram desenvolvias em diferentes partes do mundo e de diferentes maneiras. Na verdade, os combates começaram a surgir na medida em que o mundo começava a ser civilizado. Com o crescimento da população, a disputa por terras, água, vales e montanhas começou a despertar a necessidade do desenvolvimento de técnicas de defesa.
O homem foi aperfeiçoando cada vez mais essas técnicas e também teve a preocupação de escolher um deus para esta arte, a arte da guerra.
Algumas como Kung-Fu, Karatê, Jiu-Jitsu, TaeKwonDo, Kick Boxer, Boxe, Moe Tae, Judô e tantas outras são exemplos do desenvolvimento desta técnicas de luta no decorrer dos anos..
Grandes nomes marcaram a história dos combates pelas suas conquistas. Grandes campões dos rings deixavam seus fãs perplexos, lutadores com tamanha resistência, força e agilidade diante de oponentes também treinados e capacitados.
Em nossos dias ainda temos muitos nomes que já ouvimos falar. Mike Tyson, Holyfield. O Brasil tem grandes nomes como Maguila, Pópó, Minotauro, Anderson Silva e tantos outros, o homem gosta de combates.
Nos tempos antigos, na época de Paulo, os Gregos eram os adoradores do corpo. Eles cultuavam seus corpos através das academias, supervalorizavam a estética masculina, e haja vista naqueles tempos existia um alto índice de homoafetividade, pelo fato de ficaram tanto tempo expostos diante de corpos músculos e perfeitos. Não à toa que hoje em dia temos a expressão “deus grego” quando uma moça comenta sobre um rapaz musculoso e sarado.
Acontece que as estatuas dos deuses gregos eram assim, a maioria delas de homens musculosos e bonitos. Os romanas por sua vez, eram um povo forte, e usavam desta força dentro dos coliseus e nos campos de batalhas. Escravos fortes eram levados ao espetáculo das batalhas e dos combates romanos. Naquele tempo, existiam prisões fechadas onde os prisioneiros eram treinados para lutar, e o treinamento era à base de castigos severos e dolorosos. O soldado responsável pelo treinamento usava chicotes e bastões para incentivar o escravo ao treinamento. O resultado era homens truculentos, destemidos e convictos. “´É tudo ou nada, se eu vencer, posso ser livre, se eu perder, posso ser morto”, esse era o principio daqueles guerreiros gladiadores.
Os imperadores romanos eram homens fortes, generais, uma boa parte deles fora antes do cargo, integrante das legiões romanas, treinados para batalha e certos de suas responsabilidades como combatentes.
Fora neste contexto que a carta de Paulo fora escrita a Timóteo. Embora na primeira carta Paulo tivesse sido mais brando, nesta segunda epistola, Paulo procura ser mais direito em suas recomendações. Naquele tempo, Paulo estava preso aguardando sua sentença para morte. Ao findar os conselhos ao seu filho na fé, ele fala um pouco de si mesmo no capitulo 4. Mais um alerta sobre as falsas doutrinas, e a realidade dos tempos trabalhosos. O desejo do povo em confortar seu ego com palavras de lisonjas, e a busca de mestres de ensinos encomendados, naqueles tempos as coisas não eram tão diferentes que nos nossos.
No versículo 6 Paulo diz: Quanto a mim, já estou sendo derramado como libação, e o tempo da minha partida está próximo. Paulo tinha ciência de sua situação, e provavelmente havia tido tempo naquela prisão para lembrar de tudo havia feito durante seu tempo no ministério. Foi uma conclusão de sua vida. Após analisar tudo que havia feito, Paulo descreve um dos versículos mais citados e conhecidos da Bíblia.
No versículo 7 ele diz: Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.
Em suas epistolas, Paulo sempre usava metáforas, ilustrações, a exemplo de Jesus, ele sempre usava situações cotidianas para facilitar o entendimento dos santos com relação aos assuntos espirituais. Jesus falava sobre o semeador e a semente, o pescador de peixes e o de almas, o pão da terra e o pão do céu, a água do poço de Jacó e a Água Viva, a videira de uvas e a Videira Verdadeira, o pastor de ovelhas e o Bom Pastor das nossas almas, e assim por diante.
Paulo usou exemplos como o de uma construção, com pedras e sendo nós as pedras vivas. Ele nos comparou com vasos de honra e vasos de desonra. Em Filipenses 3 ele se compara ao corredor das maratonas. Na carta aos Efésios ele faz uma bela comparação com o soldado romano e o soldado de Cristo, e nesta última carta, Paulo faz alusão a um combate. Um combate só existe se houver combatentes. Mas qual a finalidade de um combate?
Os combates existem para que se mostrem os derrotados. Os combates existem para que conheçamos os vitoriosos. Em meio ao combate muitos saem sofrendo, feridos, ou até morrem. Em meio ao combate, muitos saem sorrindo, mais fortes, cheios de vida após aquela vitória.
O que você diferencia o bom combate do mal combate é o resultado. Em uma partida de futebol, quando seu time joga ruim mas ainda assim vence, você se alegra e se esquece do jogo, você comenta dizendo que o jogo foi bom, pois seu time venceu. O contrário também é verdade. Caso seu time chegue na final, jogue bem, mas no final venha perder, você dirá que aquele jogo fora ruim, e que você desperdiçou o seu tempo diante daquele provável espetáculo.
Enfim, o combate para ser bom precisa ser um combate em que no mínimo suas expectativas sejam alcançadas, é preciso no mínimo que você vença.
Pois bem, na vida cristã é assim, lutamos, batalhamos, pagamos o preço para que consigamos nosso objetivo: a vitória.
Talvez aqui esteja o segredo do bom combate. Como cristãos temos um bom combate porque já conhecemos o nosso futuro. Há uma promessa referente ao resultado do nosso combate. Há uma esperança após a labuta da vida terrena.
Os maiores combatentes da história não foram aqueles que derramaram seu sangue em campos de guerras por amor a idéias políticos, mas sim aqueles que tiveram a coragem de atender o chamado do Senhor dos Exércitos para que fossem lavados no Sangue do Cordeiro.
Há quem diga que a luta do século foi entre Vitor Belfort VS Anderson Silva. Para aqueles vivenciaram os anos 70 e 80, o grande astro, combatente e vencedor fora mostrado nos filmes de Holywood quando Silvéster Stalone interpretou Rocky Balboa, “o Garanhão Italiano”. E para o roteiro deste filme a maior luta fora entre Rocy Balboa e Apollo Doutrinador.
Mas para nós que fomos comprados pelo sangue do Cordeiro, e que tivemos nossos nomes escritos no Livro da Vida, sabemos que a maior batalha já fora vencida por Jesus na Cruz do Calvário, quando Ele entregou sua vida para resgate de muitos.
O maior combate, não somente a luta do século, mas a luta da história da humanidade não é travada em campos de batalhas, coliseus, rings ou arenas. A maior batalha é travada dentro de você.
Os maiores oponentes são chamados de carne e espírito. Nesta luta, quem for mais bem treinado sairá vencedor. Detalhe: para aqueles que optarem em treinar o espírito, nos dias atuais, há uma enorme vantagem. Quando Jesus esteve aqui, Ele fez um promessa. Ele disse que enviaria o Espírito Santo, com letra maiúscula, para que ele fosse o auxiliador, o consolador, o ajudador do homem nesta batalha ferrenha.
Ao receber o Espírito Santo, o homem começa a ter uma grande facilidade em treinar seu espírito e ser vencedor no bom combate.
Existem alguns principio que podem nos ajudar a entender este combate. Por exemplo, vamos analisar a vida de um lutador. Como se comporta um participante de um campeonato de luta livre, artes marciais. Existe alguma diferença entre a vida de um atleta, ou lutador em relação a nossa vida?
Temos algumas diferenças na vida de um vencedor de combates, vamos por pontos, o lutador que combate o bom combate paga um preço para alcançar suas conquistas.
Aquele que combate o bom combate faz uso de muitos princípios, mas entre eles destacamos:
- Alimentação/Nutrientes/Vitaminas/Palavra
- Treinamento/Exercício/Obras
- Renúncia/Sacrifício/Santidade
- Disciplina/Obediência
- Disposição/ Prontidão/Serviço
- Confiança/ Certeza/Fé
I Co 9: 25 E todo aquele que luta, exerce domínio próprio em todas as coisas; ora, eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível.
26 Pois eu assim corro, não como indeciso; assim combato, não como batendo no ar.
27 Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à submissão, para que, depois de pregar a outros, eu mesmo não venha a ficar reprovado.
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